A região de águas profundas desta bacia é ainda pouco conhecida. Os blocos onde a Equinor tem participação estão localizados em lâmina de água entre 1.800 e 2.500 metros offshore no estado do Espírito Santo.
A Equinor obteve 40% da licença BM-ES-32 na sétima rodada de licitações em outubro de 2005, tendo a Petrobras como operadora com 60%. No período de 2010 a 2013 efetuou a campanha de perfuração exploratória que resultou na descoberta de óleo leve conhecida como Indra, caracterizando-se como a primeira descoberta de hidrocarbonetos em lâmina d'água superior a 2.100 metros na Bacia do Espírito Santo. O poço de extensão foi perfurado na licença BM-ES-22A comprovando a extensão da acumulação para fora da área da licença. Em fevereiro de 2014, o consórcio apresentou à Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) o Relatório Final de Avaliação da Descoberta e pediu a postergação da declaração de sua comercialidade. A licença encontra-se atualmente suspensa.
A Equinor é parceira desta licença desde 2014 quando a ANP aprovou a aquisição de 25% da participação da Vale SA. Operada pela Petrobras, atualmente esta área encontra-se em estágio de avaliação da descoberta conhecida como São Bernardo que em 2013 reportou a presença de óleo leve em dois reservatórios arenosos com boas características petrofísicas, caracterizando como a primeira descoberta abaixo de uma camada de sal raso da bacia. Em 2014, como parte do compromisso firme do plano de avaliação, o teste de formação de poço confirmou a boa produtividade do reservatório e o poço de avaliação revelou a extensão limitada dos reservatórios à oeste da descoberta.
Licenças da 11a Rodada
Em maio de 2013 seis concessões foram incorporadas ao portfólio da empresa por ocasião da realização da 11ª Rodada de Licitações da ANP, quatro delas como operadora. Tal aquisição representou um acréscimo de 4.328 km² de novas áreas exploratórias à carteira de negócios da empresa, dobrando o que ela detinha antes, e deixou claro seu foco na expansão de sua presença no Brasil e seu comprometimento de longo prazo com o país.
As quatro concessões operadas (ES-M-598, ES-M-671, ES-M-673 e ES-M-743) cobrem uma área total de aproximadamente 2.885 km² e preveem a realização de unidades de trabalho equivalentes à perfuração de quatro poços (sendo um poço na concessão ES-M-598, um na concessão ES-M-671 e dois na concessão ES-M-743) e aquisição sísmica 3D em toda a área, completada já em 2014. O consórcio é formado por Petrobras (40%) e Queiroz Galvão (20%) nas licenças ES-M-598 e ES-M-673 e Petrobras (40%) e Total (25%) nas licenças ES-M-671 e ES-M-743.
As demais concessões ES-M-596 e ES-M-669, são operadas pela Petrobras e contém a previsão de realização de unidades de trabalho correspondentes à perfuração de seis poços, além da realização de sísmica 3D, também já completada.